Menopausa e terapia de reposição hormonal

Desde a primeira menstruação até a última o corpo da mulher tenta manter níveis equilibrados de hormônios femininos (estrogênio e progesterona) especialmente através da função ovariana. Durante o processo fisiológico de envelhecimento chega um momento em que os ovários param de responder ao estímulo enviado pelo cérebro para produção hormonal. Essa falência ovariana é conhecida como menopausa. Em geral, a menopausa irá ocorrer após os 40 anos de idade, sendo considerada precoce antes disso. Os principais sintomas são ondas de calor, secura vaginal, insônia, piora do humor, da libido,e do hábito intestinal, ressecamento da pele, dentre outros sintomas menos comuns. Só de ler esses sintomas já vem o pensamento: o que podemos fazer para diminuir tudo isso? Há tratamento? Sim, existem diversas maneiras de amenizar tais sintomas. Antes de falar em medicações, é importante enfatizar que hábitos de vida saudáveis ajudarão muito para que esta fase seja mais leve. Diminuir estresse no dia a dia, praticar atividade física pelo menos 4 vezes por semana e se alimentar adequadamente, certamente serão de grande importância.
Quais as opções de tratamento?
Existem 2 linhas de tratamento medicamentoso. A primeira seria usar fitoterápicos, especialmente em casos com sintomatologia leve. Esses medicamentos procuram produzir uma ação semelhante ao estrogênio de forma natural. No entanto, a eficácia parece bem discutível em casos com forte sintomatologia. O uso costuma ser feito de forma contínua por via oral através de comprimidos. A segunda opção seria o uso da reposição hormonal propriamente dita. Neste caso iremos repor estrogênio, progesterona (para mulheres que tem útero) e ocasionalmente a testosterona. O tratamento será feito com uso contínuo da medicação, que poderá ser administrada por via oral, transdérmica, vaginal ou implante. A escolha da via de uso será de acordo com cada caso. Com o início do tratamento medicamentoso é esperado que em pouco tempo ocorra uma melhora significativa dos sintomas. Não existe uma receita padrão a ser administrada de forma igual a todas as pacientes. Acredito ser importante realizar o tratamento de forma individualizada, ajustando a dose de acordo com a melhora dos sintomas, e pelo fato de cada paciente responder de forma diferente ao mesmo tratamento é fundamental que o acompanhamento seja feito bem de perto.
Todo paciente poderá fazer esse tratamento?
Infelizmente não. Há algumas contra indicações, especialmente para pacientes com histórico pessoal de trombose e/ou câncer de mamas. Nesses casos específicos será necessário pensar em tratamentos alternativos para melhora dos sintomas

Por quanto tempo será mantido o tratamento?
Os sintomas mais incômodos costumam durar ao redor de 5 anos, sendo assim é provável que pacientes com sintomas mais intensos necessitem tratar por todo esse período. No entanto, isso será avaliado caso a caso.
Preciso ter algum cuidado ao fazer o tratamento?
É importante estar com seus exames de saúde em dia ao realizar esse tipo de tratamento. Mamografia e ultrassonografia mamária em dia é fundamental. Avaliar o fígado, onde esses hormônios serão metabolizados, e o útero também é de extrema importância.
Converse com seu ginecologista para entender melhor sobre todas as opções disponíveis e fique tranquila, pois é muito provável que se cuidando você passe muito bem por essa fase tão temida por muitas mulheres. Conte comigo Atenciosamente Dr Renato